segunda-feira, 21 de abril de 2008

Essa nossa vida

Não esperaria tanto tempo passar se não soubesse a cor de sua alma. Se não soubesse que entremeado ao seu louco desejo está sua sede de vida. Então vai! Vai por esse mar, por onde você passeia só e seguro. Esconda – se aí! Não me deixe vê-lo.
Olharei pra você e não buscarei seu ser. Nenhuma oferta farei por sua alma. Quero um ter-te a ti simples...

Farei dessa nossa vida uma estrada calma e cheia de descobertas. De um jeito que só teremos a surpresa já esperada. Ninguém chorará o choro repentino, mas só aquele que já se sabe estar na garganta...
Tomaremos o conforto por regra e a tranqüilidade por lei...

Faremos dessa nossa vida aquilo que nunca tivemos antes mas que sempre sonhamos poder ter.
Fascinados pelo espírito um do outro daremos as mãos sempre como quem se despede. Porque saberemos que essa é a única forma de sermos nós.

7 de Fevereiro de 2007

domingo, 13 de abril de 2008

"Haja luz."

Amanhã tem sol.
E eu fecho os olhos e gosto do que vejo.
Essa insistência de luz me cega. Dá vertigens. Provoca enjôos.
Ainda no particular escuro dos meus olhos, vejo um céu tempestuoso.
Aquelas luzes cruzando de um lado a outro, como se delas as trevas fizessem conta. A chuva avisa que chega... - the rain will chill – toca aquela música triste e tudo fica assombrosamente harmonioso. O escuro, os flashes, a chuva e o frio, numa cena cuidadosamente montada, ensaiada. Tudo porque depois que o sol pintar, não restará outra coisa a não ser esse continuum.
Mas eu ainda sinto saudade das tulipas. Ainda que sem fé.